Uma vez subi a um quarto andar onde mora um tipógrafo; ia com gana de lhe comer os fígados, porque me andava a enganar desde que o livro entrara na oficina. Pois recebeu-me, lá no alto, um Sol magnífico a cair sobre Lisboa: isto tudo visto por uma pequena janela. Adeus, fúrias, adeus, palavras como punhais! Basta uma janela para me fazer feliz.
(Sebastião da Gama)